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Equipe Tabiji

Hiroshima, renascida das cinzas da bomba atômica


Esta é a segunda parte do especial sobre a série em dois episódios do Globo Repórter que foi ao ar nos dias (18 e 25 de maio), produzida em homenagem aos 110 anos da imigração japonesa no Brasil.

Do mesmo modo que aconteceu com Márcio Gomes, não há quem não se impressione ao ver Hiroshima pulsante e viva, 70 anos após a explosão atômica. A reconstrução da cidade soa surpreendente até mesmo para os padrões de resiliência do povo japonês, acostumado historicamente a lidar com destruições de grandes proporções.

Da estação Hiroshima, siga de bonde para o Parque Memorial da Paz. Este transporte leve sobre trilhos foi, como a reportagem mostra, fundamental para a recuperação da cidade. A retribuição do povo de Hiroshima vem em cuidado e apreço pelo serviço. Composições novas compartilham trilhos com as antigas, num sistema eficiente e limpo. O bilhete para uma viagem custa ¥180.

No Parque Memorial da Paz é possível entender como a história se deu. Um impressionante museu exibe imagens, documentos e objetos pessoais da época em que a bomba abateu Hiroshima. A entrada fica em ¥200. Ainda no parque, foram construídos diversos monumentos que oferecem uma reflexão humana e política sobre a tragédia. Mas o que mais impressiona são os resquícios da época. O mais visível deles é o Genbaku Dome, ou Cúpula da Explosão, o antigo Salão de Promoção da Indústria da Província de Hiroshima foi um dos poucos que ficaram de pé depois da explosão da Little Boy, a primeira bomba atômica da história a ser usada em uma guerra. Mas o prédio não é o único sobrevivente da época no parque. Pouco visitada por estrangeiros, uma árvore localizada nas proximidades do museu é um registro vivo do ataque.

Cozinha de resistência

Além das lições de força, resiliência e paz, Hiroshima também deixa um gosto inesquecível na boca de quem passa por lá. O okonomiyaki, uma espécie de panqueca-tudão, é o prato mais conhecido da culinária local. Sua remonta ao século 16. Porém, ter como base uma massa simples e aceitar como complemento o que estiver à disposição, fez com que o okonomiyaki aparecesse nos pratos japoneses em períodos de grande dificuldade no país.

Hoje, em tempo de vacas gordas, a versão de Hiroshima do prato — que leva, ainda, macarrão na receita — pode ser encontrada em diversas partes da cidade. Um dos restaurantes mais indicados pelos locais é o Hassho que fica no bairro de Yakenbori, 20 minutos de caminhada a partir do Parque Memorial da Paz. Prato popular, o okonomiyaki custa barato. Prepare-se para desembolsar ¥1.200, no máximo, por essa delícia local.

Depois de um dia pesado, você pode tirar o merecido descanso em Hiroshima. No site Trip Advisor, a hospedagem número 1 para os viajantes que pernoitam na cidade é o Sheraton Grand Hotel Hiroshima, localizado bem ao lado da estação Hiroshima. O hotel tem quartos maiores que a média e piscina. Tudo com uma diária que pode chegar até ¥19.000.

Após o merecido descanso, use o JR Pass para embarcar, no dia seguinte, no trem-bala Shinkansen com destino a Kyoto, a antiga capital e grande guardiã das tradições japonesas. Mas, antes, dê uma paradinha num dos mais belos castelos medievais do Japão.

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