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Foto do escritorDenise Makimoto

Ao sabor da estação

Atualizado: 10 de set. de 2021

Sazonalidade, esmero na apresentação e sutileza no paladar são os traços do wagashi, a doçaria tradicional japonesa




Como entusiasta do universo da confeitaria, posso dizer que a capital japonesa é o destino ideal para provar os doces tradicionais, chamados wagashi (normalmente à base de arroz glutinoso e feijão-vermelho), mas também ótimas sobremesas de influência ocidental. O roteiro adocicado de Tóquio inclui endereços de alta qualidade e que graças à sazonalidade, um traço indissociável da gastronomia japonesa, faz com que seja possível provar diferentes receitas à medida em que as estações caminham. A cada ano me surpreendo (e me delicio) com as novidades – tanto nos locais que costumo visitar quando em estreantes que parecem pipocar a cada dia na maior metrópole do mundo.


O wagashi tem origens remotas, no Período Yayoi (1.000 a.C a 300 d.C), mas foi popularizado no Período Edo (1603-1868). O termo wagashi foi introduzido apenas no Período Meiji (1868-1912), por influências chinesa e portuguesa. Os ingredientes mais recorrentes são o moti (bolinho de farinha de arroz glutinoso moído), o anko (pasta de feijão-vermelho doce, ou azuki) e o kanten (uma gelatina à base de algas).


Suzukake

Tokyo-to Shinjuku-ku Shinjuku 3-14-1 [mapa]

suzukake.co.jp (em inglês e japonês)


O endereço de Shinjuku serve uma das minhas receitas afetivas de wagashi: o ohagi ou botamochi, que minha mãe preparava para as visitas em casa. O doce de arroz moti é moldado e coberto com anko. Há duas versões: tsubuan, em que a pasta de feijão tem pedaços de grãos, e koshian, com pasta lisa e sedosa. Detalhes sublimes cercam o nome do doce, que costuma ser oferecido aos ancestrais em rituais budistas: ohagi vem de hagi, espécie de magnólia que desabrocha no outono (ele é servido nessa época para agradecer a colheita). Outra pedida é o daifuku, um dos meus favoritos. É preparado com bolinho de farinha de arroz glutinoso e recheado com anko e frutas – a mais comum é o morango, chamado ichigo daifuku (foto).


Saiba mais sobre a história da confeitaria no Japão e confira um roteiro de docerias em Tóquio no artigo de Denise Makimoto, na edição 1 de Tokyo Aijo. Inscreva-se no site e gratuitamente (a primeira edição de Tokyo Aijo aqui.

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