Hiroshima é, sem dúvida, uma das cidades fora do eixo Tóquio - Kyoto que os brasileiros mais gostam de visitar. Claro que todo mundo quer saber mais sobre o que de fato ocorreu na cidade depois que caiu a primeira bomba atômica lançada numa guerra. Aquelas lembranças fortes de 1945 estão muito bem contadas no excelente Museu Memorial da Paz de Hiroshima e no Parque Memorial da Paz.
Mas essa parte histórica pode ser feita em metade de um dia. Na outra metade, nós do Tabiji levamos nossos viajantes até Miyajima, a belíssima ilha-santuário que fica na costa da província de Hiroshima. É aqui que está um dos cartões-postais mais conhecidos do Japão, o portal de quase 17 metros de altura do Santuário Itsukushima, considerado uma das três Paisagens do Japão.
Miyajima fica numa cidade vizinha a Hiroshima e existem três formas de chegar até lá partindo do Parque Memorial da Paz. Uma delas, é retomar à estação de Hiroshima (as estações centrais costumam levar o nome da cidade onde se localizam) e partir de lá trem local da companhia JR para o porto de onde sai o principal serviço de barco até a ilha. Outra possibilidade é embarcar num bonde, nas proximidades do Parque, até o mesmo porto. Ambas são mais rápidas e mais baratas que a terceira opção, a minha favorita: partir de barco, ali mesmo do Parque, direto para Miyajima.
Pelo preço de ¥2000 (cerca de USD 18) por pessoa, é possível fazer essa rota que trafega pelos rios da cidade e te deixa diretamente em Miyajima. Apesar do preço alto, chegar sem trocas de transporte é uma grande vantagem. Além disso, a viagem de barco é bem agradável, mesmo que seja dentro do cabine já que, somente em dias de rio cheio que é possível viajar na parte externa.
O barco começa a viagem devagar, em especial quando o nível do rio está mais baixo. Somente quando entra no mar que a embarcação pega mais velocidade. Durante o passeio, uma pequena tela vai dando algumas dicas sobre a paisagem observada ao redor. Mas, para vê-la, o ideal é que você se sente na parte da frente. No vídeo, é possível aprender um pouco mais sobre a província de Hiroshima, as pontes sobre o rio, a economia da pesca e as ilhotas do caminho. É uma excelente forma de usar o tempo de viagem para conhecer melhor a região, não acham?